terça-feira, 10 de novembro de 2015


O vestido branco

O grande desastre

As horas estavam passando e os dois continuavam entretidos naquele encontro, sem se preocupar em voltar para o ambiente da festa. Havia uma brincadeira que costumavam brincar apostando que era uma espécie de esconde e esconde e pega- pega. Havia entre os dois uma competição quase infantil para executar aquela brincadeira e Raphael se sentia mais inteligente para realizar aquela tarefa de achar o outro como se fosse um grande detetive. Então ele combinava com Marcelly de ela se esconder primeiro e ele sair caçando ela depois. E para acrescentar graça àquele jogo lúdico, ela costumava fazer sons para tentar confundi-lo naquela caça. Então o desastre aconteceu: Raphael, que se julgava o grande detetive, estava demorando encontrar Marcelly. Não se sabia se era por auto confiança demasiada, ou por dificuldade mesmo. O fato é que os dois se divertiam muito, mas Raphael, sem saber, estava se aproximando  do lugar  onde Marcelly estava se escondendo. percebendo isso, ela planejou ludibriá-lo mais uma vez. Ela o via se aproximar aos poucos e olhou de um lado para o outro, procurando um novo lugar para se esconder. Sua tática se baseava nisso: correr de um lado para o outro para confundi-lo ainda mais, e até mesmo tirar os sapatos e correr em passos suaves naquele jardim e naquele momento se esquecia de se preocupar com toda questão de elegância. Viu então  uma arvore muito grande de um tronco enorme e um perfeito esconderijo para mais uma vez ludibriar o seu primo. Tão empolgada estava que ela não percebeu o quanto estava úmido o gramado e que atrás daquela árvore havia uma poça e, quando percebeu, já estava escorregando e caindo nela e molhando todo o seu lindo vestido branco cor de nuvens.

O choque

O Ambiente daquela festa reunião de família estava animado. Alguns rindo, outros dançando, bebendo  uma gostosa taça de champanhe. Wilson Trever Já ensaiava em fazer um discurso batendo com uma pequena colher em uma taça para chamar a atenção dos convidados. Quando consegui a atenção que queria e já dizendo, “muito bem”, se virou para colocar a mesa, a colher e a taça que estava na mão. Ao se virar de novo para o público, ficou muito impressionado com o silêncio que todos faziam, mas não entendeu o do porquê de todos estarem olhando para a porta do salão. foi quando ele mesmo se assustou com aquela visão.
        Eles estavam lá, os dois, o rapaz e moça, Raphael e Marcelly. Não sabiam como encarar aquele público. Marcelly olhava todos com um semblante carregado de raiva e, ao mesmo tempo, calada. Seu cabelo estava todo molhado, seu vestido, que era branco, ficou com cores marrom e preta de sujeira. seus pés estavam sujos também. O silêncio só foi quebrado pelo berro que Alzira Albuquerque deu:
     ____ Marcelly, o que significa isso? Como você pode fazer isso com um dos seus lindos vestidos, filha? Que situação deplorável. Eu só queria saber de uma coisa, aonde esta o seu pai essa hora?
     ____ Para essa pergunta, mamãe, a resposta é obvia: ele se importa mais com aqueles pacientes da ala de U.T.I do que com a gente.    

Anderson Oliveira

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