O
vestido branco
O grande desastre
As horas estavam passando e os dois continuavam entretidos naquele
encontro, sem se preocupar em voltar para o ambiente da festa. Havia uma
brincadeira que costumavam brincar apostando que era uma espécie de esconde e
esconde e pega- pega. Havia entre os dois uma competição quase infantil para
executar aquela brincadeira e Raphael se sentia mais inteligente para realizar aquela
tarefa de achar o outro como se fosse um grande detetive. Então ele combinava
com Marcelly de ela se esconder primeiro e ele sair caçando ela depois. E para
acrescentar graça àquele jogo lúdico, ela costumava fazer sons para tentar
confundi-lo naquela caça. Então o desastre aconteceu: Raphael, que se julgava o
grande detetive, estava demorando encontrar Marcelly. Não se sabia se era por auto
confiança demasiada, ou por dificuldade mesmo. O fato é que os dois se
divertiam muito, mas Raphael, sem saber, estava se aproximando do lugar onde Marcelly estava se escondendo. percebendo isso, ela
planejou ludibriá-lo mais uma vez. Ela o via se aproximar aos poucos e olhou de
um lado para o outro, procurando um novo lugar para se esconder. Sua tática se
baseava nisso: correr de um lado para o outro para confundi-lo ainda mais, e até
mesmo tirar os sapatos e correr em passos suaves naquele jardim e naquele
momento se esquecia de se preocupar com toda questão de elegância. Viu então uma arvore muito grande de um tronco
enorme e um perfeito esconderijo para mais uma vez ludibriar o seu primo. Tão
empolgada estava que ela não percebeu o quanto estava úmido o gramado e que atrás
daquela árvore havia uma poça e, quando percebeu, já estava escorregando e
caindo nela e molhando todo o seu lindo vestido branco cor de nuvens.
O choque
O Ambiente daquela festa reunião de família estava animado. Alguns
rindo, outros dançando, bebendo uma
gostosa taça de champanhe. Wilson Trever Já ensaiava em fazer um discurso
batendo com uma pequena colher em uma taça para chamar a atenção dos
convidados. Quando consegui a atenção que queria e já dizendo, “muito bem”, se
virou para colocar a mesa, a colher e a taça que estava na mão. Ao se virar de
novo para o público, ficou muito impressionado com o silêncio que todos faziam,
mas não entendeu o do porquê de todos estarem olhando para a porta do salão.
foi quando ele mesmo se assustou com aquela visão.
Eles estavam lá, os
dois, o rapaz e moça, Raphael e Marcelly. Não sabiam como encarar aquele público.
Marcelly olhava todos com um semblante carregado de raiva e, ao mesmo tempo,
calada. Seu cabelo estava todo molhado, seu vestido, que era branco, ficou com
cores marrom e preta de sujeira. seus pés estavam sujos também. O silêncio só
foi quebrado pelo berro que Alzira Albuquerque deu:
____ Marcelly, o que significa isso? Como você pode fazer isso com um
dos seus lindos vestidos, filha? Que situação deplorável. Eu só queria saber de
uma coisa, aonde esta o seu pai essa hora?
____ Para essa pergunta, mamãe, a resposta é obvia: ele se importa mais
com aqueles pacientes da ala de U.T.I do que com a gente.
Anderson Oliveira
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